sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

AGLOMERADOS DE GALÁXIAS DO UNIVERSO

A agência espacial americana (Nasa) anunciou nesta quarta-feira (15) a descoberta de um aglomerado de galáxias que parece ser um dos maiores e mais ativos objetos descobertos até agora no universo. O complexo foi chamado de Phoenix (Fênix, em português), em alusão à constelação em que se encontra.

Em conferência telefônica, o cientista Michael McDonald, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, afirmou que se trata de um objeto único que contém "a maior taxa de formação de estrelas jamais vista no centro de um conjunto de galáxias". Os pesquisadores descobriram Phoenix a partir de observações do telescópio Chandra, da Nasa, e de outros oito observatórios internacionais.

O aglomerado de galáxias, localizado a 5,7 bilhões de anos luz da Terra, pode levar os astrônomos a repensar a forma destas estruturas colossais e até mesmo das próprias galáxias. McDonald disse que a superestrutura é também o maior produtor de raios-X de qualquer grupo conhecido, além de um dos mais sólidos.

Segundo os dados colhidos, a velocidade de esfriamento de gás quente nas regiões centrais do agrupamento é ainda a maior já observada, o que pode ajudar a fornecer informações sobre como se formam as galáxias.

"Apesar da galáxia central da maioria dos grupos ter estado inativa durante bilhões de anos, a galáxia central nesse grupo parece ter voltado à vida com uma nova explosão de formação estelar", explica McDonald, coordenador do estudo que será publicado nesta semana no periódico Nature.

Como outros aglomerados de galáxias, Phoenix contém uma enorme reserva de gás quente, que por sua vez tem mais matéria que todas as galáxias do conjunto combinadas. Este gás quente emite grande quantidade de raios-X, esfriando rapidamente o centro do aglomerado, o que provoca um fluxo de gás para o interior e a formação de um grande número de estrelas, o que não é muito habitual.

Os astrônomos acham que o buraco negro supermaciço que costuma ser encontrado na galáxia central destes conjuntos bombeia energia ao sistema, o que evita que um esfriamento do gás ocasione uma explosão de formação de estrelas. No entanto, no caso de Phoenix, os jatos de energia desprendidos do buraco negro gigante da galáxia central não são suficientemente potentes para prevenir o esfriamento, daí o grande nível de atividade.

revistaepoca.globo.com

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