Existem centenas de bilhões de galáxias no
universo, com características variadas. As distâncias entre elas são imensas,
ainda assim, os cientistas perceberam que algumas delas se movem em padrões
estranhos e, com frequências, inexplicáveis. A impressão é de que essas
galáxias estão conectadas por uma força invisível.
Galáxias com alguns milhares de anos luz de distância podem afetar
gravitacionalmente umas as outras de forma previsível. Mas os cientistas têm
percebido padrões entre galáxias com distâncias que transcendem essas
interações locais. Elas estão tão separadas que a sincronia não pode ser
explicada por seus campos gravitacionais individuais.
Movimento sincronizado
Estudo
publicado em outubro indica que centenas de galáxias estavam se movendo em
sincronia com galáxias dezenas de milhares de anos luz distantes.
O autor líder do estudo é o astrônomo do Korea Astronomy and Space
Science Institute, Joon Hyeop Lee. O autor e seus colegas estudaram 445
galáxias com distância de 400 milhões de anos luz da Terra. Eles perceberam que
muitas daquelas que rotacionavam em direção a Terra tinham vizinhas se movendo
em direção a Terra, enquanto que aquelas que rotacionavam na direção contrária,
tinham galáxias vizinhas se movendo na direção contrária a do nosso planeta.
Embora mais pesquisas sejam necessárias para corroborar as
descobertas da equipe, eles sugerem que as galáxias em sincronia possam estar
conectadas a mesma estrutura de grande escala. Essa estrutura está em rotação
muito lenta no sentido anti-horário.
Embora essa seja uma nova percepção, em 2014, uma equipe observou
alinhamentos entre buracos negros supermassivos localizados no núcleo de
quasares, separados por bilhões de anos luz de distância.
Os princípios cosmológicos atuais sustentam alinhamento e
movimento de estrelas antigas em menor escala. Esses padrões muito maiores em
vastas distância intrigam os pesquisadores. Portanto, diversos estudos vêm
sendo realizados para observar essas sincronias entre galáxias distantes. Os
astrônomos esperam que os telescópios mais avançados possam auxiliar na coleta
de dados para encontrar mais respostas a esse respeito.
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