sexta-feira, 14 de junho de 2013

TECNOLOGIA PERMITE LER PAPIROS SEM DESENROLÁ-LOS

A técnica, chamada microtomografia, constrói um mapa tridimensional 
 mostrando a localização exata da tinta nos documentos. 
Encontrar um papiro antigo é o maior sonho de muitos arqueólogos. Já os historiadores querem mesmo é desenrolar o papiro e desvendar seus segredos.
O problema é que esses artefatos antigos são extremamente frágeis, e podem simplesmente se esfarelar ao serem desdobrados.
Graham Davis (Universidade de Londres) e Tim Wess (Universidade de Cardiff) não são nem arqueólogos e nem historiadores, mas encontraram uma solução para o dilema entre tentar abrir o documento antigo para ler seu conteúdo e correr o risco de destruí-lo para sempre.
Os dois pesquisadores criaram uma tecnologia que mistura imageamento de raios X e reconstrução de imagens por computador que permite ler os papiros enrolados ou dobrados, sem a necessidade de desenrolá-los ou desdobrá-los.
A técnica, chamada microtomografia, constrói um mapa tridimensional mostrando a localização exata da tinta nos documentos, capturando "fatias" do documento e transformando-as em imagens perfeitamente legíveis.
A seguir, um software combina as imagens, calculando a localização exata de cada ponto da tinta no documento desdobrado.
A esquerda, cada "fatia" lida pela microtomografia. 
À direita, a imagem totalmente reconstruída. 

Segundo os dois pesquisadores, a principal diferença entre o novo método e outras técnicas desenvolvidas anteriormente para ler documentos históricos sem desdobrá-los é a resolução sem precedentes e o alto contraste que ele fornece entre a tinta e o pergaminho.

Isto significa que a tinta aparece muito melhor contra o pergaminho, sendo realmente legível.
"Este é um marco na recuperação de informações históricas. A comunidade conservacionista é com razão muito cuidadosa com os documentos antigos, e não está preparada para arriscar danificá-los, abrindo-os. Nosso avanço significa que isso não será mais necessário," disse o professor Wess.
Segundo ele, há milhares de documentos históricos em museus ao redor do mundo que nunca foram lidos ou decifrados porque são frágeis demais para serem manuseados.
EPSRC Press Release - 06/06/2013

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