Matemáticos da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, encontraram evidências de que os tornados solares carregam energia da zona de convecção – a última camada antes da superfície solar, que é um reservatório de energia – para a atmosfera, na forma de ondas magnéticas.
Um dos grandes problemas da astrofísica moderna era entender como a atmosfera de uma estrela como o sol poderia ser mais quente do que sua superfície. Já era claro que a energia se originava abaixo da superfície do sol, mas como ela ia parar na atmosfera solar era um mistério. Os furacões solares parecem ser a resposta.
Os pesquisadores acreditam que aproximadamente 11 mil tornados circulam em toda a superfície da estrela. Eles são bem diferentes dos que existem em nosso planeta. A começar pela temperatura, de milhões de graus centígrados. Os furacões do sol também são gigantescos: eles se estendem por mais de 1,6 mil quilômetros de diâmetro – maiores do que a Grã-Bretanha.
Pesquisadores acreditam que esse processo poderia ser utilizado na Terra no futuro, para energizar plasma em Tokamaks, produzindo energia.
“Se entendermos como a natureza aquece plasmas magnetizados, como nos tornados observados no sol, um dia poderemos ser capazes de usar este processo para desenvolver a tecnologia necessária e construir dispositivos que produzam energia limpa e verde”, afirmou um dos pesquisadores da equipe, Robertus Erdelyi.
ScienceDaily/Wired/UPI
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