É
lógico que muitos não sabem disso; e muitos vão morrer sem saber. Há muitos
anos atrás foi descoberto por um cientista a energia livre e este conseguiu
convertê-la em energia elétrica, sem interrupções e sem fim! Pois é, logo sua
invenção foi patenteada e o seu inventor misteriosamente assassinado. Vamos ao artigo:
Nikola
Tesla nasceu em 9 de julho de 1856, na vila de Smiljan, na Croácia, exatamente
à meia noite. Desde o início de sua infância, ficou claro que Tesla era uma
mente extraordinária. Seu pai, Milutin Tesla, o ajudou a fortalecer sua memória
e raciocínio através de uma grande variedade de constantes exercícios mentais.
Sua mãe, Djouka Tesla, vinha de uma longa linhagem de inventores, e ela própria
criava várias ferramentas para costura e outras tarefas que desempenhava em
casa.
Tesla
possuía um irmão mais velho, Dane, quem ele considerava seu superior em todas
as coisas. Quanto Nikola tinha cinco anos, sentia inveja do cavalo branco de
seu irmão, sendo proibido por seu pai de montar, devido à sua idade. Certo dia,
Nikola usou uma zarabatana para atirar uma semente no cavalo enquanto seu irmão
montava. Dane foi atirado para trás e morreu logo após. O sentimento de culpa
que ele sentiu por esta tragédia perseguiu Tesla por toda a sua vida, e não
importa o quão grandes fossem suas descobertas, ele sempre acreditou que Dane
poderia ter feito melhor.
Durante
sua infância, Tesla adoeceu repetidamente. Ele sofria particularmente de um mal
no qual flashes cegantes de luz apareciam diante de seus olhos, frequentemente
acompanhados de alucinações. Na maioria dos casos, as visões eram ligadas a uma
palavra ou item que ele poderia vir a encontrar no futuro, simplesmente ao
ouvir o nome do item, ele involuntariamente o visualizava em perfeitos
detalhes. Os flashes e imagens causavam grande desconforto a Tesla, e quando ele
atingiu sua adolescência, aprendeu a reprimi-los exceto em certos casos de
stress. Quando eles ocorriam, tinham uma natureza que poderia ser descrita como
psicótica.
Em
certo caso, Tesla tentou nadar por debaixo de uma estrutura que se estendia
além do que ele havia imaginado. Encontrando-se aprisionado debaixo d’água, sem
sinal da superfície, um flash apareceu e com ele Tesla viu uma pequena abertura
levando a um bolsão de ar. Sua visão estava correta, e sua estranha doença o
salvou de um afogamento certo. Na ocasião da morte de seus pais, Tesla afirmou
ter tido uma premonição detalhada de ambos os acontecimentos. Mais tarde, ele
se vangloriava ao poder transmitir mentalmente uma imagem a uma pessoa em outra
sala.
Logo
após sua formatura do colegial, Tesla sofreu um devastador ataque de cólera e
esteve perto da morte. Ele ficou de cama por nove meses, e os médicos
anunciaram que ele não viveria por muito mais tempo. Tesla ocupava sua mente
ainda ativa lendo tudo o que era capaz, quando ele encontrou um novo tipo de
literatura: “Innocents Abroad”, de Mark Twain. Tesla foi tão cativado pelo
humor e humanidade contidos no livro deste autor americano que teve uma súbita
e miraculosa recuperação logo após. Anos mais tarde, nos Estados Unidos, Tesla
encontrou Samuel Clemens e pôde agradecê-lo por salvar sua vida. Clemens acabou
se tornando um dos poucos amigos pessoais de Tesla.
Tesla
passou por outro trauma debilitante poucos anos depois de sua recuperação da
cólera. Desta vez, a natureza da doença e suas causas eram um completo
mistério. Os sentidos físicos de Tesla, que sempre haviam sido excepcionalmente
aguçados, inexplicavelmente tornaram-se hipersensíveis, paralisando-o com uma
superabundância de sensações. O tic-tac de um relógio de pulso era-lhe
ensurdecedor, mesmo a vários quartos de distância. Ele teve de ter almofadas de
borracha inseridas nos pés de sua cama para aliviar as vibrações de quem
passava por fora, que lhe pareciam como um terremoto. A exposição à luz era-lhe
excruciante, não somente a seus olhos, mas também a sua pele. Após um tempo, a
condição hipersensível retornou ao seu normal conferindo-lhe um insight que lhe
permitiu inventar o motor de corrente alternada.
As
dificuldades fisiológicas e emocionais de Tesla sem dúvida contribuíram para que
ele se tornasse a pessoa singular que ele era: um homem de mente brilhante, e
um igual nível de excentricidade. Tesla abominava o contato físico com outras
pessoas, com uma aversão especial a tocar o cabelo. Para evitar um aperto de
mãos, ele mentia dizendo que havia acidentado suas mãos em um laboratório. Ele
aparentemente nunca teve um par romântico ou uma relação amorosa de qualquer
tipo. Uma mulher que passou a cortejá-lo certa vez tentou beijá-lo, fazendo com
que ele saísse correndo em agonia. Ainda assim, Tesla exibia uma clara
apreciação pela beleza feminina, ao exigir que suas secretárias se conformassem
com um padrão pessoal de vestimentas e corpo. Suas empregadas mulheres eram
proibidas de usarem pérolas, que ele, por alguma razão, considerava horrivelmente
repugnantes.
Outros
comportamentos de Tesla pareciam enquadrar-se em casos de uma desordem
obsessiva-compulsiva. Ele fazia com que qualquer atitude repetitiva que ele
fizesse em seu dia a dia (como os seus passos, por exemplo), fosse divisível
por três, e continuaria repetindo-as até que chegasse em um total aceitável.
Quantidades de vinte e sete eram as suas prediletas, uma vez que este é três ao
cubo. Tesla também era compelido a calcular exatamente o peso de sua comida
antes de ingeri-la, o que envolvia medir suas porções de comida com uma régua e
mergulhar pedaços na água para determinar quantos centímetros cúbicos eles
possuíam. Ele gostava especialmente de bolachas de sal por causa da
uniformidade de volume que elas apresentam. Muitas vezes, no calor de um grande
projeto, Tesla esquecia-se de comer completamente, e trabalhava por dias sem
dormir. A certa altura, sua devoção ao laboratório lhe causou tal stress que
ele se esqueceu de quem era por vários dias.
Tesla
assumia que só tornara-se um inventor ao atingir a maturidade. Ele descontava
seus anos de infância e adolescência como uma época de impulsos
indisciplinados, completamente fora de foco. Porém, ele chegou a inventar uma
série de mecanismos quando criança. O primeiro foi um simples mecanismo com uma
linha e gancho para pegar sapos. Todos os seus amigos o imitaram e, de fato, a
invenção funcionava tão bem que a população local de sapos foi quase totalmente
erradicada. Ele também construiu um moinho a água em miniatura aonde a roda era
impulsionada sem pás.
Em
sua juventude, Tesla criou uma máquina movida a insetos voadores. Ele os
grudava às pás de um mecanismo e estes, ao tentarem sair, moviam o mecanismo.
Esta invenção foi especialmente bem sucedida porque os insetos escolhidos não paravam de
tentar escapar até que tivessem morrido todos, assim movendo o mecanismo por
horas a fio. Tudo correu bem até que uma outra criança, filho de um soldado
Austríaco aposentado, veio e comeu a maioria dos insetos vivos. Após presenciar
este espetáculo, Tesla adicionou à sua lista de idiossincrasias o fato que ele
nunca mais tocou em qualquer inseto.
A
Corrente Alternada:
Tesla
iniciou sua educação superior no instituto politécnico de Graz, perseguindo o
estudo no tópico que mais o fascinava: eletricidade. Ele havia se formado com
boas notas no colegial, mas sua dificuldade ao desenhar o impediu de se exaltar
nos cursos técnicos. Na faculdade, porém, ele pôde focalizar seus esforços
naquilo que ele era melhor.
Ele
estudava febrilmente, quase durante todo o dia, em uma rotina que ia das 3:00
da manhã às 11:00 da noite todos os dias. Ele pretendia impressionar seus pais,
com suas conquistas na faculdade, em parte porque seu pai estava relutante em
deixá-lo ir à faculdade, desejando que ele o seguisse no serviço clerical.
Tesla, porém, sonhava em ir para a América e conhecer Thomas Edison, de modo
que eles pudessem unir forças e revolucionar o mundo.
Tesla
era um aluno extraordinário que, por vezes, irritava seus professores,
questionando o status quo tecnológico com um insight que por muito superava o
de seus instrutores. Ele se rebelava especialmente contra a ideia que a
corrente contínua era o único meio de distribuir energia elétrica. Era claro
para ele que a corrente contínua era ineficiente e incapaz de transmitir
energia a longas distâncias, e certamente deveria haver um outro método. A
ideia da corrente alternada era tida pela comunidade científica com desdém, em
muitos aspectos como a fusão a frio é hoje. Simplesmente ao mencionar a AC
Tesla trazia um sorriso sarcástico ao seus ouvintes em suas palestras. Isso,
porém, nunca o desencorajou a ponto de fazê-lo abandonar este enigma tão
envolvente.
Durante
seu curso superior, seu pai teve um ataque cardíaco e Nikola voltou para casa.
Seu pai morreu logo após. Tesla nunca retornou à escola politécnica. Sem
dinheiro para financiar sua instrução, Tesla tornou-se um operador de
telégrafo. Tesla desesperou-se por sua educação interrompida, mas continuou com
seu sonho em ir à América e tornar-se um pioneiro na energia elétrica.
Foi
nesta ocasião que Tesla passou por seu período de hipersensibilidade, que o
reduziu a um inválido. Considerando a depressão pela qual ele estava passando,
é quase certo que este mal teve uma origem psicossomática. Qualquer que seja sua
causa, porém, ele recuperou-se armado com uma poderosa nova visão, de como a
corrente alternada finalmente poderia ser atingida.
Seu
grande salto mental foi este: Duas bobinas, posicionadas em ângulo reto e
alimentadas com uma corrente alternada com noventa graus de fase entre sí
poderiam fazer um campo magnético girar, sem a necessidade do comutador
utilizado em motores de corrente contínua. Tesla sabia que isto iria funcionar.
Construir o aparato em sua mente e fazê-lo funcionar já lhe dava prova suficiente.
Este
era o método de Tesla para desenvolver invenções através de toda a sua
carreira: sem cadernos, diários ou protótipos. Sua propensão em transformar
ideias em visualizações concretas que o havia transtornado durante sua
juventude havia finalmente se voltado a seu favor. Ele acreditava que sua
técnica era não somente válida, mas de fato superior à prática comum de
escrever tudo no papel e realizar tentativas repetidas. “No momento em que uma
pessoa constrói um aparelho para levar a cabo uma ideia crua, ela se encontra
inevitavelmente envolvida com os detalhes deste aparelho”, Tesla escreveu em
sua autobiografia. “Conforme ele procede em tentar melhorar e reconstruir o
aparelho, sua força de concentração diminui e ele perde de vista o Grande
Propósito”
Tesla,
agora, possuía a resposta, mas o problema em colocá-la em prática permanecia.
Em 1882, ele arrumou um emprego na Companhia Continental Edison em Paris,
distinguindo-se como um bom engenheiro. Dois anos mais tarde, viajou à Nova
York para conhecer o presidente da companhia: o próprio Thomas Edison.
Este
encontro não foi harmônico e mental como Tesla havia sonhado. Edison o observou
com desdém, e certamente não tinha a menos intenção em colaborar com qualquer
esquema AC. Edison via AC como um sonho impossível na melhor das hipóteses, ou,
na pior, uma ameaça a seu império DC.
Tesla
tentou tirar o melhor proveito possível da situação ao prometer para Edison que
ele poderia levar a tecnologia DC existente até seu mais alto nível possível.
Ele prometeu aumentar a eficiência de dínamos em 25% em dois meses. Céptico, Edison disse a
Tesla que se ele assim conseguisse, ele lhe pagaria cinquenta mil dólares.
Exercendo
um esforço massivo, virtualmente sem paradas, Tesla conseguiu cumprir com a
promessa, melhorando os dínamos por uma margem até mesmo maior do que a
prometida a Edison. Mas, quando pediu por seus cinquenta mil dólares, Edison
recusou-se a honrar o acordo, dizendo que estava apenas brincando. Irado, Tesla
demitiu-se e nunca mais trabalhou com Edison.
Tesla
foi logo abordado por um grupo de investidores que desejavam vender a lâmpada
de arco que ele havia inventado. Assim, nasceu a Companhia Elétrica Tesla.
Tesla estava ansioso por esta oportunidade de trazer a corrente alternada ao
mundo, mas seus investidores nada queriam com ela. Assim, Tesla foi rejeitado
pela companhia que tinha seu próprio nome.
Esta
empresa logo entrou em dificuldades e suas ações rapidamente perderam o valor,
deixando Tesla falido, e sem seus direitos sobre a lâmpada de arco. Quebrado,
uma das mentes mais brilhantes do mundo foi reduzido a trabalhos braçais
ganhando um dólar por dia. Ele planejou cometer suicídio no seu trigésimo
aniversário, à meia noite em ponto.
Antes
que isso ocorresse, porém, A. K. Brown da Western Union soube da situação de
Tesla. Brown, determinado a devolver o gênio a seu lugar no mundo, ofereceu-lhe
um laboratório próprio, e a chance de pesquisar a corrente alternada.
Salvo,
Tesla imediatamente começou a trabalhar em seu dínamo AC. Finalmente, ele
funcionou exatamente como tinha funcionado todos estes anos dentro de sua
mente.
Tesla
demonstrou sua invenção ao público, e logo tornou-se a sensação da comunidade
engenheira.
Dentre
os convertidos por suas palestras à
corrente alternada, estava George Westinghouse, quem negociou com Tesla
a fabricação dos dínamos. A primeira aplicação desta tecnologia: As cataratas
do Niagara. Westinghouse venceu a concorrência para a utilização do Niagara,
oferecendo metade do que Edison ofereceu para a instalação de um sistema DC. Em
1895, O sistema de energia Ac de Niagara foi inaugurado sem uma única falha,
transmitindo energia até búffalo, a aproximadamente trinta e três quilômetros
de distância, uma total impossibilidade com corrente contínua. Não mais uma
comodidade luxuosa reservada aos ricos, a energia elétrica agora poderia ser
usada por todos. Pela primeira vez em sua vida, Nikola Tesla era um sucesso
imbatível.
Energia
para Todos:
Desde
o início da afortunada parceria entre A. K. Brown e George Westinghouse com
Tesla, o inventor esteve empenhado em outros projetos além do dínamo AC. Capaz
de se devotar à desimpedida realização de seus incontáveis ideais, ele mais
tarde lembraria-se destes anos como “um pouco fracos em continuidade”.
O
novo laboratório de Tesla tinha atividade constante, com um pequeno grupo de
assistentes trabalhando puramente através dos comandos verbais de seu
empregador. Seu desgosto em pôr idéias no papel, adicionado à sua tendência em
ficar desinteressado com uma invenção completa, impelido à se mover ao novo
desafio, fez com que
Tesla
deixou de lado um grande número de criações que ele nem mesmo não se importou
em patentear. Certa vez, quando a exaustão deixou Tesla em um estado de amnésia
temporária, seus assistentes patentearam muitas de suas invenções por ele
fazendo com que seu chefe inválido assinasse os papéis. A aversão de Tesla à
documentação escrita foi-lhe de grande valia quando seu laboratório foi destruído
por um incêndio em 1895, logo após o sucesso de Niágara. A perda ofereceu
dificuldades, mas poucas, uma vez que arquivo mais valioso continuava intacto
na mente de Tesla.
Em
1891, Tesla desenvolveu a invenção pela qual seu nome é mais conhecido hoje: A
bobina Tesla. Simples o bastante para qualquer interessado construir, e
totalmente funcional em modelos caseiros, ela era uma inovação impressionante,
que foi a base para o rádio, televisão, e meios modernos de comunicação sem
fio.
Tesla
tornou-se famoso por suas palestras nas quais ele demonstrava suas invenções e
conceitos com um toque teatral. Muitos espectadores eram leigos que não
entendiam nada do que ele estava falando, mas eram encantados pelos raios
elétricos que saíam de suas bobinas brilhantes, e lâmpadas sem fio que se
acendiam ao entrarem em contato com sua mão. Estas demonstrações espetaculares
levaram Tesla a ser conhecido popularmente como uma espécie de mágico, um
título não concedido por ridículo, mas por assombro.
A
transmissão sem fio de energia elétrica tornaria a maior pesquisa de sua
carreira. Ele descobriu que um tubo de vácuo colocado em proximidade com uma
bobina Tesla imediatamente começaria a brilhar, sem fios, ou sem sequer um
filamento dentro do tubo brilhante. Ressonância elétrica era a chave desta
descoberta. Ao determinar a frequência da corrente elétrica necessária, Tesla
era capaz de ligar e desligar séries de lâmpadas diferentes de metros de
distância.
Ele
tornou-se um cidadão americano em 1891, e sua nova tecnologia seria seu
presente de agradecimento para seu país adotivo: Um meio de transmitir energia
instantaneamente, através de qualquer distância, pelo ar. Energia grátis para
todos.
Um
dos assistentes de Tesla repetidamente o questionava quanto às implicações em
se colocar tal energia à disposição. Ele perguntava qual seria o incentivo que
as empresas de energia elétrica teriam em dar seus produtos assim de graça, e
perguntava de Tesla seria “permitido” a fazer tal coisa. Tais dúvidas
enfureciam Tesla, que acreditava, um tanto inocentemente, que isso seria
permitido simplesmente porque era a coisa mais certa a se fazer.
Conforme
os anos passaram, a visão de Tesla de energia sem fio tornou-se cada vez maior
em escopo. Ele resolveu um dos maiores problemas implícitos em sua primeira
teoria, que era a transmissão de energia através de longas distâncias sem a
perda significativa de força. Ao invés disso, ele decidiu transmitir a energia
através do solo. Isso faz pouco sentido em termos elétricos convencionais, uma
vez que a superfície da Terra é literalmente tida como “a terra” – um
receptáculo usado para descarregar energia em excesso de um condutor. Mas Tesla
descobriu que se ela fosse carregada o bastante, a Terra tornaria-se o
condutor, e não o inverso. Neste sentido, todo o planeta poderia ser
transmitido em um colossal transmissor elétrico.
Em
1899, a logística impediu Tesla de conduzir os experimentos necessários dentro
dos arredores da cidade de Nova York. Um advogado do Colorado, chamado Curtis,
quem havia defendido Tesla na corte em certa ocasião, ofereceu ajuda a Tesla em
montar um campo de testes em Colorado Springs. Curtis também era empregado da
companhia de força local, e fornecia energia a Tesla sem custo.
Tesla
e seus assistentes montaram um laboratório único nos arredores da cidade, que
parecia mais com um grande celeiro abaixo de uma torre de aproximadamente 27
metros. Este era o “Transformador Amplificador” de Tesla, que ele dizia ser a
maior de suas invenções.
A
população de Colorado era naturalmente curiosa sobre o que este grande inventor
estava tramando, e respeitava os sinais ao redor do perímetro dizendo:
“MANTENHA A DISTÂNCIA – GRANDE PERIGO”. Ainda assim, eles logo sentiram os
efeitos do aparato de Tesla. Faíscas saíam do chão conforme eles andavam pelas
ruas, penetrando em seus pés pelos sapatos. A grama ao redor do prédio de Tesla
brilhava com uma pálida luz azul. Objetos de metal segurados próximos a
hidrantes descarregavam raios elétricos em miniatura de vários centímetros de
distância. Lâmpadas acendiam espontaneamente a quinze metros de sua torre.
E
Tesla estava apenas sintonizando seu equipamento. Estes eram os efeitos
colaterais ao ajustar o transformador amplificador à Terra. Uma vez que ele
estava adequadamente calibrado, Tesla estava pronto para conduzir a maior
sinfonia de sua carreira, usando todo o planeta como sua orquestra.
Certa
noite em 1899, Tesla acionou sua máquina em força total, na esperança de
produzir um fenômeno que ele chamou de “crescente ressonante”. Sua torre
descarregou na Terra dez milhões de volts. A corrente atravessou o planeta na
velocidade da luz, forte o bastante para não morrer antes do final. Quando ela
chegou ao lado oposto do planeta, ela foi rebatida de volta, como círculos de
água voltando à sua origem. Ao voltarem, a corrente estava em muito
enfraquecida, mas Tesla estava emitindo uma série de pulsos que se reforçavam
um ao outro, resultando em um tremendo efeito cumulativo.
No
ponto focal, aonde Tesla e seus assistentes assistiam, a crescente ressonante
manifestou-se como uma demonstração alienígena de raios que ainda estão até
hoje catalogados como a maior descarga elétrica da história. A corrente de
retorno formou um arco voltaico que elevou-se até o céu por dezenove metros.
Trovões apocalípticos foram ouvidos a trinta e três quilômetros de distância.
Tesla, anteriormente, estava preocupado com a possibilidade de haver um limite
para a geração de descargas ressonantes, mas, naquele evento, ele passou a crer
que o potencial era ilimitado. A demonstração teve um fim inesperado, quando as
descargas fizeram com que o gerador de força de Colorado Springs se
incendiasse. Tesla não mais recebeu energia grátis dos donos da companhia desde
então.
Tesla
voltou a Nova York procurando apoio para sua idéia de implementar um sistema de
energia ressonante global. Já consciente com a inevitável relutância dos
executivos em oferecerem energia grátis, Tesla disfarçou seu projeto como uma
rede de comunicações, além de fonte de energia elétrica, sonhando, décadas
antes do advento da Internet, com um sistema de comunicação global bem mais
sofisticado do que o hoje utilizado.
George
Westinghouse rejeitou a ideia. Tesla, então, a propôs a J. P. Morgan, então o
homem mais rico da américa, quem anteriormente havia negado um patrocínio ao inventor.
A idéia de monopolizar as comunicações mundiais o intrigou, e ele permitiu a
Tesla construir um novo laboratório em Long Island chamado Wardenclyffe, que
deveria ser uma maior e melhor versão de seu laboratório em Colorado.
Enquanto
Tesla trabalhou neste projeto, uma série de acidentes e infortúnios atingiram
Wardenclyffe, e ele estava começando a necessitar de dinheiro. Os fundos e o
entusiasmo de Morgan evaporaram rapidamente. Em uma última tentativa de manter
seu investidor, Tesla revelou a Morgan que seu plano não era substituir o
telégrafo, mas substituir a transmissão convencional de energia. Morgan
respondeu retirando seu suporte inteiramente.
Nunca
mais Tesla teria outra chance de trazer energia grátis ao mundo.
Incansável,
e inabalado por conceitos como praticidade ou marketing, a Mente de Tesla criou
uma vasta miscelânea de invenções peculiares, muitas das quais jamais saíram do
estágio de conceituação, e as ideias parecem ter ficado cada vez mais estranhas
conforme ele envelhecia.
Inventar
era geralmente um processo deliberado para Tesla, sua total intenção e objetivo
perfeitamente formados em sua mente até mesmo antes dele e sua equipe moverem
um dedo. Porém, houve momentos em que ele tropeçou em uma descoberta por
“acaso”. Tesla realizou suas primeiras experiências com tecnologia ressonante
em seu laboratório em Nova York ligando um pequeno oscilador, que fazia com que
um espelho vibrasse levemente. Subitamente, o laboratório foi invadido por um
esquadrão de policiais, exigindo que Tesla parasse com seus experimentos. A
ilha de Manhattan estava vibrando por quilômetros de distância. Tesla não
considerou como ondas ressonantes tornam-se mais fortes quanto mais elas
viajam, ele, sem perceber, criou o que foi conhecido como a Máquina de
Terremotos de Tesla.
Tesla
também aplicou seus equipamentos ressonantes em formas bizarras de terapia
física. Ele criou máquinas que inundavam o corpo humano com cargas elétricas e
fortes vibrações, na intenção de aliviar dores e promover a cura. E Tesla não
era apenas o inventor de seus equipamentos eletroterapêuticos , ele também era
um forte usuário. Ele tornou-se viciado no tratamento que inventara, insistindo
em dizer que as seções com a máquina o rejuvenesciam enquanto ele ficava horas
e horas trabalhando, sem comida ou bebida. Tesla certa vez deixou seu amigo
Samuel Clemens testar a máquina de cura. Ele relatou ter aproveitado a
experiência imensamente, até que as vibrações lhe causaram uma diarreia
espontânea.
Tesla
comercializou sua invenção, e a Companhia Eletroterapêutica, foi uma de suas
únicas empresas a ter leve sucesso comercial, também recebeu outra revelação
acidental durante seus testes com o amplificador transformador em Colorado
Springs. Certa noite, durante a construção do aparelho, este começou a ressonar
com uma série de “clicks” precisos, similares a código morse. Tesla estava
convencido que estes sinais estavam sendo enviados por seres extraterrestres.
Tesla expressou seu credo da vida em Marte, e como ele acreditava ter a prova.
Ele, mais tarde, concebeu transmissores para a comunicação com os marcianos,
expondo sua visão de que manter relações pacíficas com nossos vizinhos
espaciais era um dos mais urgentes deveres da humanidade.
Em
seus últimos dias, Tesla ficou fascinado com a idéia da Luz como sendo tanto
partícula como onda – a proposição fundamental do que se tornaria a física
quântica.
Este
campo de investigação o levou à criação do Raio da Morte. Tesla também tinha a
ideia de criar uma “parede de luz”, manipulando ondas eletromagnéticas em um
certo padrão. Esta misteriosa parede de luz permitiria que o tempo, espaço,
matéria e até gravidade fossem manipuladas à vontade do operador, e concebeu
uma grande variedade de propostas que parecem hoje sair diretamente da ficção
científica, incluindo naves anti-gravidade, teletransporte e viagens no tempo.
Provavelmente
a invenção mais estranha que Tesla já propôs foi o fotografador de pensamentos.
Ele relacionou que todo o pensamento criado pela Mente cria uma imagem
correspondente na retina, e a informação elétrica desta transmissão neural
poderia ser lida e gravada em uma máquina, esta informação, então, poderia ser
processada através de um nervo óptico artificial e visualizada como padrões
visuais em uma tela.
Site Nikola Tesla Brasil
Site Nikola Tesla Brasil
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