sábado, 16 de fevereiro de 2013

EXPANSÃO DO UNIVERSO

Concepção artística mostra escada em que corpos celestes são como 'degraus'  Nasa/JPL

Astrônomos estão melhorando a escala de distância cósmica para medir o tamanho, a idade e a taxa de expansão do Universo, por meio de dados de luz infravermelha captados pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa.

Um estudo sobre o tema, liderado pela pesquisadora Wendy Freedman, dos Observatórios do Instituto Carnegie para a Ciência, em Pasadena, no estado americano da Califórnia, será publicado na revista "Astrophysical Journal", mas já está disponível na internet.

Na concepção artística abaixo, a "escada" simboliza uma série de estrelas e outros objetos celestes dentro de galáxias cuja distância em relação à Terra já é conhecida.

Ao combinar essas medidas com a velocidade com que os corpos estão se afastando de nós, os cientistas podem calcular a taxa de ampliação do Universo, também chamada de constante de Hubble – nome dado em homenagem ao astrônomo Edwin P. Hubble, que surpreendeu o mundo em 1920 ao confirmar que o Universo tem crescido desde a explosão do Big Bang, há 13,7 bilhões de anos.

Como o Spitzer consegue ver através da poeira cósmica, percebe o brilho e, portanto, a distância das estrelas com maior precisão. Dessa forma, o nível de expansão do Universo pode ser calculado de uma forma mais certeira.

No fim dos anos 1990, os cientistas descobriram que a ampliação do cosmos está se acelerando com o passar do tempo, e compreender isso é fundamental para saber a idade e o tamanho do Universo. No ano passado, esse achado rendeu o prêmio Nobel de Física para três pesquisadores americanos.

Algumas estrelas pulsantes, chamadas de Cefeidas, são "degraus" vitais da escada cósmica. Isso porque a distância delas em relação ao nosso planeta pode ser facilmente medida. Desta vez, o telescópio da Nasa observou dez Cefeidas na Via Láctea e outras 80 em uma galáxia vizinha, a Grande Nuvem de Magalhães.

Ao contrário do Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, que observa o Universo em luz visível, o Spitzer usa ondas infravermelhas para a medição e, assim, baixa os níveis de incerteza para 3%, o que os astrônomos consideram um salto de precisão.

Os atuais resultados também foram combinados com informações sobre matéria escura publicadas pela sonda Wilkinson Microwave Anisotropy, da Nasa.

G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário