Concepção artística mostra escada em que corpos celestes são como 'degraus' Nasa/JPL
Astrônomos estão melhorando a escala de distância cósmica para medir o tamanho, a idade e a taxa de expansão do Universo, por meio de dados de luz infravermelha captados pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa.
Um estudo sobre o tema, liderado pela pesquisadora Wendy Freedman, dos Observatórios do Instituto Carnegie para a Ciência, em Pasadena, no estado americano da Califórnia, será publicado na revista "Astrophysical Journal", mas já está disponível na internet.
Na concepção artística abaixo, a "escada" simboliza uma série de estrelas e outros objetos celestes dentro de galáxias cuja distância em relação à Terra já é conhecida.
Ao combinar essas medidas com a velocidade com que os corpos estão se afastando de nós, os cientistas podem calcular a taxa de ampliação do Universo, também chamada de constante de Hubble – nome dado em homenagem ao astrônomo Edwin P. Hubble, que surpreendeu o mundo em 1920 ao confirmar que o Universo tem crescido desde a explosão do Big Bang, há 13,7 bilhões de anos.
Como o Spitzer consegue ver através da poeira cósmica, percebe o brilho e, portanto, a distância das estrelas com maior precisão. Dessa forma, o nível de expansão do Universo pode ser calculado de uma forma mais certeira.
No fim dos anos 1990, os cientistas descobriram que a ampliação do cosmos está se acelerando com o passar do tempo, e compreender isso é fundamental para saber a idade e o tamanho do Universo. No ano passado, esse achado rendeu o prêmio Nobel de Física para três pesquisadores americanos.
Algumas estrelas pulsantes, chamadas de Cefeidas, são "degraus" vitais da escada cósmica. Isso porque a distância delas em relação ao nosso planeta pode ser facilmente medida. Desta vez, o telescópio da Nasa observou dez Cefeidas na Via Láctea e outras 80 em uma galáxia vizinha, a Grande Nuvem de Magalhães.
Ao contrário do Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, que observa o Universo em luz visível, o Spitzer usa ondas infravermelhas para a medição e, assim, baixa os níveis de incerteza para 3%, o que os astrônomos consideram um salto de precisão.
Os atuais resultados também foram combinados com informações sobre matéria escura publicadas pela sonda Wilkinson Microwave Anisotropy, da Nasa.
G1
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